Imagine um sommelier japonês, Koji Nakada, abandonando o conforto de Tóquio em 1996 rumo a Beaune para estudar enologia e – no meio do caminho – se apaixonar pelo amor da vida, Jae‑Hwa Park, originalmente coreana e hoje sua parceira tanto na vida quanto no vinho.
Em 2000, nascia a Maison Lou Dumont, unindo o nome da afilhada “Lou” à palavra francesa “dumont” (da montanha), homenageando o passado montanhoso de ambos .
Koji começou como négociant (casa de vinhos), comprando uvas — sempre de vinhas com pelo menos 30 anos — de produtores locais que valorizavam práticas orgânicas e biodinâmicas.
Com o tempo, conquistou a confiança dos agricultores, adaptou-se às sutilezas do terroir borgonhês e, em 2012, adquiriu os primeiros seis hectares próprios, cultivados com cavalo e certificação orgânica, avançando para a biodinâmica logo depois .
Desde o início, Koji recebeu inspiração de gigantes locais – diz-se que teve até conselhos do lendário Henri Jayer – e incorporou a filosofia “Céu, Terreno e Homem” estampada em caracteres kanji no rótulo, representando o balanço entre natureza e intervenção humana.
A trajetória da Maison Lou Dumont é um verdadeiro brinde à coragem, ao respeito e à fusão cultural. De um diplomado sommelier a um negociant apaixonado, de comprador de uvas a proprietário de vinhas orgânicas – tudo isso mantendo a elegância origami do Japão e a tradição burgondesa na alma. Não é apenas vinho: é uma história sensorial que transborda autenticidade.