Sabe aquele vinho que você prova e pensa: “isso aqui tem algo diferente”? Pois é, provavelmente ele veio da Era dos Ventos — uma vinícola que não faz só vinho, faz poesia engarrafada com sotaque da Serra Gaúcha.

Fundada pelo casal Luís Henrique Zanini e Talise Zanini, a Era dos Ventos nasceu em Bento Gonçalves, no charmoso caminho das pedras, com um propósito claro (e corajoso): ir na contramão das padronizações da indústria e devolver ao vinho sua liberdade de ser... vinho de verdade.

Luís é um alquimista moderno — daqueles que ouvem a terra, respeitam o tempo e acreditam no poder das leveduras selvagens e dos métodos ancestrais. Ele já era conhecido por seus experimentos no mundo do vinho natural muito antes disso virar tendência. A Era dos Ventos é a materialização dessa filosofia: vinhos de mínima intervenção, sem maquiagem, sem pressa, com alma e identidade própria.

Ali, não se trata de seguir modismos, mas sim de resgatar uvas quase esquecidas, como a Peverella, a Trebbiano, a Barbera e a Teroldego, tratadas com carinho quase arqueológico. Os vinhos passam por fermentações espontâneas, macerações longas e, muitas vezes, dormem em barricas antigas de carvalho ou em ânforas, sem pressa de acordar.

Cada garrafa da Era dos Ventos carrega o terroir da Serra Gaúcha, mas também o espírito rebelde de quem quer fazer diferente — e melhor. É vinho com textura, acidez viva, história no paladar e liberdade no rótulo. Um brinde à ousadia, à terra, e ao vento que sopra a favor de quem não tem medo de mudar o rumo.