Tem vinhos que seguem a regra. E tem aqueles que escrevem as suas. A Cuvée 276 é esse segundo tipo — um Champagne que chega no último suspiro da colheita, no último raio de sol, no último esforço... e talvez por isso mesmo, carrega tanta alma. 

Esse cuvée nasce da última parcela a ser colhida por Paul Froissart, e parece que quanto mais ele espera, mais o vinho devolve em aromas intensos e fruta madura. É quase como se a natureza estivesse dizendo: “relaxa, o melhor vem no fim.” Diferente da cuvée 045, que grita tensão e nervo, a 276 é paz, suavidade... um Champagne que trabalha no modo zen. 

O solo é uma joia: leve, perfumado, com um aroma exótico que já se sente no campo. Mas não se engane — essa parcela tem seus caprichos: sensível à geada e às chuvas fortes, só se entrega pra quem sabe esperar.

O resultado? Um vinho complexo, elegante, e ao mesmo tempo cheio de textura e frescor. No nariz, é pura fruta cítrica: laranja, limão, uma pitada floral... E no final, vem aquele toque salino, quase marítimo, que te faz querer outro gole. E o estilo? Puro. Literalmente: é um Brut Nature, sem açúcar adicionado (0g/L). Aqui quem adoça é a fruta mesmo — e ela faz isso com elegância.

A Cuvée 276 é quase um OVNI na taça — difícil de entender, mais ainda de explicar… mas fácil de se apaixonar. Um Champagne que não precisa levantar a voz pra ser inesquecível.

Volume alcoólico 12,5%